domingo, 19 de dezembro de 2010

RELACIONAMENTO

Já percebeu que estamos eternamente falando sobre relacionamentos? Vira e mexe é o assunto do momento. Uma hora somos nós os personagens, e em outros momentos somos meros espectadores quando nos dispusemos a ouvir e aconselhar.
Já percebeu também que aconselhar é sempre mais fácil do que ouvir um conselho? Sabe por quê? Porque quando nos colocamos como espectadores somos racionais. Não há envolvimento. A relação não é nossa. E assim fica fácil opinar. Já quando somos os personagens, nem sempre os conselhos nos agradam. Costumo sempre dizer que o conselho só é bom quando nos agrada. Se não nos agrada, deixamos de lado. É como se não tivesse sentido. E continuamos a pedir conselhos a outros amigos no intuito de ouvir algo que nos agrade.  
Eu quando inicio meus textos sempre quero outro enfoque, mas no decorrer acabo sempre falando sobre relacionamentos. E hoje resolvi falar sobre ele. Afinal tudo gira em torno desta palavra: RELACIONAMENTO. Quando falo relacionamento não me refiro unicamente aos relacionamentos amorosos. Viver já é uma relação. Entre você com você mesmo. Você precisa se alto aturar.  Ninguém conhece você melhor do que você mesmo.  E só em seguida vem à relação com outras pessoas. Seja uma relação de amizades, trabalho ou uma relação amorosa. Essa ultima de todas é a mais complicada. Entrar em uma relação não é tão complicado. Basta ambos estarem de acordo. Mas no decorrer é que as coisas complicam. Surgem as famosas diferenças. As incompatibilidades. Nessa hora é preciso entender que ninguém será do jeito que você deseja. Ninguém é formatado para ser um esboço do que você julga como modelo. Julga como certo.   
Sempre costumo dizer que o que é certo para mim pode não ser o certo para outra pessoa, e vice e versa. É preciso aceitar e entender que todos nós somos diferentes.
Já parou para pensar que vivemos constantemente julgando as pessoas. Às vezes quando algum amigo faz algo que para nós é errado costumamos julgar e dar opiniões. Sem ao menos tentar entender quais os motivos que esse amigo teve. E mesmo que o motivo ou o ato seja errado até que ponto nos cabe julgar? Outro exemplo é quando olhamos pessoas que se vestem diferentes de nossos gostos, ou que gostam de músicas que não nos agradam. Estamos sempre dizendo: Nossa que mau gosto! Mas o que parece ser mau gosto para mim, para a outra pessoa não é. Ai é que entra a questão: aceitar as pessoas do jeito que são e não do jeito que queremos que elas sejam. Partindo desse principio as coisas ficariam mais fáceis. Conseguiríamos nos relacionar melhor com as pessoas.  
Então sendo assim, vamos parar de querer que o mundo gire em torno de nossos umbigos. A vida não é tão complicada. Somos nós que a complicamos. Viver em sociedade nos impõe aceitar as diferenças. Aceite e verás que tudo fica melhor.


"Sonhe com aquilo que você quiser. Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que se quer." (Clarisse Lispector)

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