sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

VIVENCIANDO OS CICLOS

Esta semana estou extremamente emotiva. Um querido amigo a qual chamo de irmão fecha mais um ciclo em sua vida. Deixa a vida acadêmica para enfim enfrentar o dia a dia da profissão que escolheu. Com isso me fez pensar nos ciclos que estamos constantemente fechando e abrindo em nossas vidas. Ao nascermos somos frutos do inicio de um ciclo na vida de nossos pais, assim como iniciamos o nosso primeiro ciclo. Ao longo de nossa vida passamos por vários deles. Alguns bem doloridos de se desvencilhar. Deixar a casa dos pais é um bem difícil. Por mais que a vontade de ser independente, sentir o gosto da liberdade seja algo muito bom, nunca é fácil pra quem fica. No caso nossos pais. Fica sempre um vazio. Uma sensação que algo falta. Mas é preciso entender que a separação é necessária. Outro ciclo que passamos é justamente a graduação. Conheço pessoas que dizem que passar por uma faculdade foi algo normal, sem grandes lembranças. Não sei se é porque sou emotiva ao extremo, mas para mim até hoje sinto falta desse ciclo. Mas ao mesmo tempo, que a saudade bate constantemente, eu sei que o que sobrou de tudo aquilo foi apenas uma doce saudade. E que jamais será do mesmo jeito que foi.
Às vezes nos pegamos a lembranças, momentos, pessoas e até mesmo a sentimentos achando que aquilo pode ser eterno. Sim! De fato as lembranças serão eternas. Mas viver de lembranças é que não é saudável. Assim como fechamos o ciclo, devemos dar a oportunidade de outros se abrirem.
Estava essa semana mesmo visualizando fotos de ex-alunas. Na época que foram minhas alunas, estavam na 7ª série, e eu estagiando para finalizar a graduação. Lembro perfeitamente que uma das perguntas que eu e minha colega de graduação fizemos para aqueles alunos foi o que eles pretendiam fazer como faculdade. Muitos nem sabiam o que era vestibular, universidade. E de lá pra cá o tempo passou, e as tais fotos que me referi eram justamente da formatura do Ensino Médio. O que para eles há 4 anos atrás era algo distante, hoje com certeza faz parte do dia a dia. Cursinho, vestibular, faculdade. Passarão pelas mesmas dificuldades que um dia eu passei.
Minha emoção essa semana é por conta deste meu amigo que citei no ínicio. Vivenciei todo o seu processo. Ensino Fundamental, Ensino Médio e a partir de amanhã um bacharel em Direito. E assim como as outras, ele também foi meu aluno e de aluno passou a amigo e hoje meu irmão.
Gostaria também de falar sobre outro ciclo. O ciclo do “relacionamento”.  Eu não iria falar sobre esse ciclo tão complicado, mas acabei de conversar com uma grande amiga minha que acaba de terminar uma relação. E decidi então tratar também do ciclo do coração. Terminar nunca é fácil! Finalizar algo que até então era algo presente, jamais será algo fácil de se fazer. Não é fácil se desvencilhar do que sentimos e saber que daqui pra frente o que sobrará da relação será apenas uma lembrança. Digo por experiência própria. Dizer que não doe é mentira. Dizer que não vamos sofrer então...Mas é preciso olhar com olhos externos. Olhar com outros olhos. Não com os nossos. Difícil né? Mas como já dizia um provérbio: “não há bem que sempre dure, nem mal que não acabe.”
Vivemos em constante adaptação. Somos adaptáveis! Nos apegamos a tudo que está ao nosso redor. Seja ruim ou bom. Por quantas vezes nos damos conta que estamos presos a sentimentos ou a pessoas que não nos fazem bem, e mesmo assim há uma resistência em dizer não, em se desvencilhar. E quando conseguimos muitas vezes nos perguntamos: Fiz a coisa certa? Vou conseguir superar a fase da perda? Vou ser feliz novamente? E a resposta em sua grande maioria é: SIM! Como já disse, somos adaptáveis! E o tempo nos transforma.
Então, se você se sente preso a algo e não consegue por um fim, comece a analisar se o que te prende está te fazendo bem. Analise se não é a hora de fechar um ciclo em sua vida.

“Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.” Retirado do Texto: Encerrando Ciclos de Sonia Hurtado. Vale à pena ler o texto inteiro! 

Música: All we ever do is say goodbay - John Mayer 

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