Hoje de fato começou o segundo do semestre do mestrado. Aula pela manhã com a minha adorável orientadora que já nos passou zilhões de leituras. Confesso que fiquei assustada..(rsrs) e a tarde iniciei meu estágio de docência na graduação. Pela primeira vez entrei novamente em uma sala de aula da Universidade que um dia fui aluna. O diferente foi que hoje ao invés de apenas escutar e discutir o texto indicado, tive que sentar lá na frente (lugar do professor) e explicar o texto. Não estava sozinha, junto comigo estavam, a minha orientadora e uma colega de mestrado que também está fazendo o estágio. A aula foi ministrada pelas três. Mesmo assim o nervosismo se fez presente. Sei que é bobeira, que não tenho motivos para tal, mas isso vai além do meu querer. Sempre fico bastante apreensiva ao ter que falar em público, sendo ele pequeno ou grande. Sei que isso é algo que tenho que trabalhar. A grande maioria das pessoas que convivem comigo dizem que transpareço ser descolada, que não aparento ficar nervosa ao falar em público. Ledo engano!! (rsrs) Mas que bom que ao menos não transpareço o meu nervosismo. Mas hoje acho que ele foi notado. Mas também sei que ao longo das aulas isso passará, afinal a primeira vez sempre dá aquele frio na barriga e nos deixa com a sensação que não vamos dar conta, mas no fim tudo acaba bem...Além do mais, entrar naquela sala de aula foi como uma volta no tempo. Por quantos anos não passei pela frente daquelas salas, sem imaginar que um dia entraria, mas não mais como aluna de graduação, mas sim como uma futura mestra!
Junto com as aulas do mestrado e da graduação o ritmo do semestre começou com força total. Na primeira semana do mês já fizemos uma viagem de campo para Joana D’arc novamente, e desta vez foi extremamente cansativa. Um pneu do ônibus estourado, outro furou, calor insuportável e muita poeira. Mesmo assim foi muito boa a visita. Pois foi possível fazer uma ação social junto com outros órgãos governamentais junto a comunidade. Sempre há o que se aprender em uma viagem de campo, até mesmo quando ela é cansativa e demorada.
Neste próximo fim de semana outra viagem de campo será realizada, mas desta vez eu juntamente com outras pesquisadoras estaremos indo para o nosso outro lócus de pesquisa. Iremos descer o rio madeira novamente. Retornaremos a Nazaré depois de 6 meses. Sinto que será uma boa viagem, afinal é sempre bom se desligar um pouco do agito da cidade grande. Mas não estarei indo descansar e sim pesquisar, mas sempre dá pra unir o útil ao agradável. Como disse na primeira viagem que fiz para lá... ” indo recarregar as minhas energias." E estou precisando mesmo para dar conta da quantidade de atividades que este semestre promete. Assistir aula, fazer estágio, co-orientar, escrever artigos, iniciar a dissertação, ler muito mais, viagens de campo, viagens para apresentar trabalhos, reuniões do grupo de pesquisa, reuniões do colegiado do mestrado e assim vai, sempre aparece algo mais para ser feito!
Hoje foi um dia cansativo, mas estou com a sensação de dever cumprido. Uma sensação de que estou fazendo algo que me faz bem. Meu corpo pede cama, mas não posso me dar ao luxo de ir deitar e dormir, afinal como um professor da UFPE nos informou durante a sua palestra: “Mestrando não dorme! Você conhece um mestrando pelas olheiras!” Eu diria pelo cansaço, já que graças a Deus posso ficar mais de 24 horas acordada como já fiz algumas vezes e não ficar com olheiras. Tenho que agradecer todo santo dia essa benção... (rsrs). E já que não posso dormir o jeito é ler e tentar finalizar um artigo.
Tenho andado distaste de meus amigos, e sinto falta de todos. Mas sei também que o meu silêncio assim como o meu sumiço me fará chegar onde pretendo. Vou filosofar um pouquinho: “estou em alto mar à procura do tesouro, ocorre que o mar anda muito agitado, mas prometo que assim que o mar se acalmar, eu atraco no porto e procuro vocês.”
Fernando Pessoa falando por mim:
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor
Deus ao mar o perigo e o abismo deu
Mas nele é que espelhou o céu.
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor
Deus ao mar o perigo e o abismo deu
Mas nele é que espelhou o céu.
Música: Someone Like You - Adele (simplismente linda!)

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